11/03/2015

Resenha #09 - Misery - Stephen King

Eu escolhi para minha primeira resenha esse livro antes de saber que ele era um clássico da literatura e do cinema (congela haha). Eu ganhei Misery de amigo secreto e assim que ele chegou eu já comecei a lê-lo. Foi uma das leituras mais rápidas que tive nos últimos três meses. O texto é claro, objetivo e sem dificuldade alguma.


O livro foi escrito em 1987 e conta a história de Paul Sheldon, um escritor muito famoso que sofre um acidente de carro e acorda na casa de Annie Wilkes, uma enfermeira que também é apaixonada pelos livros de Paul, especialmente a sua obra mais conhecida, a saga de Misery.
Como Paul está debilitado, com as pernas quebradas e preso em uma cama, Annie aproveita da situação e tenta persuadi-lo a escrever uma continuação da saga de Misery. Exemplificando, é como se alguém sequestrasse a Stephanie Meyer e a obrigasse escrever a continuação da saga Crepúsculo. Chega a ser engraçado.
Em um primeiro momento, Sheldon se recusa mas Wilkes tem vários meios de fazê-lo mudar de ideia, usando técnicas de tortura, como deixa-lo com fome, com sede, sem os remédios para dor e mais tarde, socos nas pernas quebradas e até um machado. Só lendo para descobrir o que ela faz com esse machado. (Meu Deus, se preparem porque vai doer!)
Entretanto, a enfermeira tem duas facetas: a bruxa má, maligna, digna do nosso ódio; e a boazinha, que cuida do escritor, que o alimenta, que conta histórias pra ele, que ri, que chora e que por um momento faz o leitor esquecer todos os males e sentir um pouco de compaixão. É uma relação de amor e desprezo.
Depois de meses em cativeiro e com o novo best seller quase pronto, tudo o que Paul quer é escapar. Então ele aproveita quando Annie sai de casa e começa a checar as portas e janelas em busca de uma saída, de uma salvação e é vasculhando a sala de estar que o escritor encontra um diário com todos os momentos mais importantes da vida da enfermeira mas não há só fotos da família, do casamento e da faculdade. O diário esconde em suas páginas o lado mais sombrio de Annie e todas as coisas perversas que um dia ela fez.
O medo de Paul só cresce e a tensão nas páginas do livro também. Nosso coração acelera como se fosse sair pela boca. Eu já tinha lido apenas um livro que havia despertado emoções semelhantes a Misery. Eu amo terror, amo suspense mas lendo é outra coisa. O susto nas telinhas dura segundos e nas páginas dura centenas de caracteres.
O final é eletrizante, arrebatador, justo. Um dos pontos altos do livro gira em torno dos problemas mentais das pessoas que passam despercebidas ao nosso redor, parafraseando “o psicopata pode morar ao lado”.

Lembrando que foi lançado um filme baseado no livro em 1990. Kathy Bates interpreta Annie Wilkes e ela ganhou o Oscar e o Globo de Ouro na categoria de melhor atriz. Vale a pena ler e assistir (nessa ordem, ok?)
Para deixar um gostinho de quero mais finalizo com um trecho bem instigante:
“Ele gritava, gritava. A dor! A deusa! A dor! Ah, África!
Ela ficou olhando para ele, para o lençol sangrento e escurecido. Com alguma consternação.
_ Você vai ficar bem, Paul. _ disse ela.”
Resenha > Elisa

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